A nefrolitíase (ou “pedra nos rins”) é um problema do rim que acomete até 3% da população e é causa muito frequente de idas ao hospital por dor forte.
O manejo inicial sempre deve objetivar o controle da dor e a investigação. Primeiramente com um exame de imagem (preferencialmente a tomografia de abdome, ou um ultrassom dos rins e vias urinárias com raio-x de abdome), seguido de exames de sangue e urina para avaliar o funcionamento dos rins e a presença de infecções associadas. Além disso, é importante descartar outras causas de dor na região, como infecção de urina alta (pielonefrite), dores musculares lombares e outras.
Assim que diagnosticada, deve-se avaliar a quantidade de ”pedras”, suas localizações, tamanho e “dureza”. Pedras fora dos rins de até 8-10mm podem ser tratadas de forma clínica, controlando a dor com analgésicos e antinflamatórios, além de terapia expulsiva com dilatadores das vias urinárias. Litíases sabidamente de ácido úrico também podem ser tratadas clinicamente, diminuindo a acidez da urina. Em caso de indicação cirúrgica, o urologista é acionado para avaliar o melhor momento e abordagem dos tratamentos citados acima. Infecções de urina associadas devem ser tratadas: elas podem ser a causa ou a consequência da pedra.
Passada a crise, se você já tem um histórico familiar ou não é a 1ª crise, ou ainda sabe que tem apenas um rim funcionante, deve procurar um Nefrologista para avaliar os motivos da produção exagerada de cálculos renais e seu tratamento preventivo. Doenças gerais como hipertensão, diabetes, obesidade, alterações do colesterol, alterações de ácido úrico problemas de cálcio, tireoide e paratireoide, problemas genéticos e alterações na formação da urina (como excreção de cálcio e acidez) devem ser investigadas, além de, obviamente, hábitos alimentares e de ingestão de água. Assim que identificados os problemas, o tratamento preventivo é iniciado com mudança de hábitos e medicamentos.